A argila na história
Jarros, copos, pratos, amuletos, pingentes, pulseiras, coroas, vasos, casas, cidades inteiras, muralhas imensas – ao lado das pedras, os artefatos mais antigos da humanidade foram feitos de argila. Assim atestam sítios históricos e arqueológicos distribuídos em todos os continentes, o que evidencia a antiguidade do uso da argila. Além da pré-história, a argila está diretamente ligada ao surgimento da escrita, uma vez que foi nela onde foram gravadas informações que seriam passadas de geração em geração mediante fácil reprodução e durabilidade. Um bom exemplo está gravado em argila o que é a possivelmente a receita mais antiga já encontrada, produzida por volta de três mil anos a.C. na Mesopotâmia pelos sumérios, onde se ensina como produzir cerveja
Há, também, diversos indícios de que a argila não tenha ocupado apenas o posto de geração utilitária entre os povos antigos, mas, também, tenha lhe sido atribuído vínculo com divindades. Nas mitologias dos povos originários, há diversas referências à queima da argila, uma vez que a cerâmica ocupava espaço central nas culturas, bem como no seu uso em tratamento de enfermidades ou embelezamento da pele e cabelos. Na mitologia Guarani, por exemplo, um dos povos originários do Brasil, a humanidade nasceu da queima do barro pelas mãos de Kuaray, o Sol, conforme relato mítico que certamente se refere a tempos ancestrais.
Na Grécia Antiga e no Egito Antigo os conhecimentos sobre a argila se popularizaram. Seus benefícios curativos se tornaram amplamente utilizados como componentes para embelezar ou para combater dores reumáticas.
Enfim, a argila é algo que que nos acompanha desde tempos primordiais e está consagrada enquanto parte estruturante de diversas culturas.
Contudo, na medida em que a Revolução Industrial desde o século XIX passou a ofertar produtos considerados de maior durabilidade, assim como a indústria farmacêutica se consagrou, a argila passou a perder espaço para novos produtos industriais. Se antes as casas eram construídas sobretudo com pedras, madeira e barro, passou-se a empregar o cimento e a concretagem; se antes as práticas curativas se regulavam mediante o uso de produtos naturais como a argila, passou-se a desenvolver produtos químicos como práticas médicas. Neste processo, o uso da argila passou a ser considerado algo impróprio, danoso, sujo e sinônimo de ignorância ou crendice.
Nas últimas décadas, em especial mediante a necessidade de reconexão com a natureza que parte expressiva da humanidade está experimentando, a argila passou a chamar atenção novamente. Práticas construtivas diferenciadas estão a ofertar casas interessadas em causar um dano menor ao meio ambiente, e a argila lá está a comprovar que seu uso diminui os danos causados por diversos produtos industriais, como o cimento, ou o uso de ar-condicionado, já que as casas construídas com tal recurso possuem uma climatização muito mais confortável. Diversos estudos passaram a comprovar a existência de nutrientes potentes na composição da argila, indicando, com isso, potencialidade curativas para uma série de malefícios que afetam cada um de nós. Enfim, na virada do século XX para o XXI, a crise climática e a nova visão de mundo que procura encontrar cura em relação ao distanciamento da humanidade e da natureza fez com a argila retomasse seu lugar de prestígio. Hoje, os saberes relacionados a ela são chamados de tecnologias.
Como se percebe, a argila tem acompanhado a história da humanidade desde seus primórdios até sua contemporaneidade. Nesta trajetória, já enfrentou altos e baixos, inicialmente sendo fundamental para o desenvolvimento de nossas comunidades ancestrais, onde até mesmo ao status divino chegou a estar vinculada, para depois cair em desprestígio, até chegar aos dias atuais na qualidade de aliada à superação da crise ambiental que estamos a enfrentar. De fato, a argila faz parte de nossa história em virtude de suas potencialidades praticamente ilimitadas.
O que argila tem em sua composição que a torna tão especial?
Mas afinal, o que a argila possui que assegura este seu lugar constante na história da humanidade? Qual sua composição, usos e resultados que se destacam? Como podemos utilizar a argila para nosso bem-estar, saúde e beleza?
A argila pode conter diversos minerais que são encontrados na natureza, uma vez que é, obviamente, um material natural. Entre estes minerais pode ser citado o quartzo, hematita, pirita, mica, alumínio, magnésio (influente na composição do colágeno), ferro, lítio, sódio, potássio, e alcalinos terrosos, magnésio, caulinita, ilita e esmectitas ou montmorilonita cada qual com propriedades marcantes que alteram o produto final quando postos em contato com a água, umidificadas, secas ou queimadas. É neste momento que os argilominerais ganham plasticidade, elasticidade, maciez e, posteriormente, ressecamento, dureza e, quando queimada, fim do esfarelamento. É também, neste processo em que se ativam as qualidades curativas, higiênicas, relaxantes, nutritivas, hidratantes entre outras potencialidades que servem à saúde e beleza humana, além das plantas e dos animais.
A depender de sua composição, as argilas variam de cor. As argilas avermelhadas, alaranjadas ou amareladas, vinculam-se a hidróxidos e óxidos de ferro e são as mais conhecidas por serem de uso mais comum, uma vez que é dessa modalidade que encontramos os vestígios arqueológicos mais remotos. Até os dias atuais é utilizada a argila ferrosa é utilizada na construção, como geração de tijolos, bem como na produção artesanal, em especial a partir da produção de cerâmicas. É também conhecida como terracota depois de queimada. Tamanha utilidade — e abundância na natureza — muitas pessoas pensam que este é o único modelo de argila que existe no mundo. Mas isto é um equívoco.
Além da tradicional argila vermelha, de fato, podem ser encontradas uma infinidade de outras cores no mundo natural, bem como nós podemos produzir novas colorações mediante o mix de argilas em pó. Existem, por exemplo, as argilas roxas, compostas por óxidos de ferro e manganês; as cinzas e pretas, tomadas de matérias orgânicas variadas; as brancas, em sua maioria compostas de manganês e sem presença de matéria orgânica. Tais diferenças é que atribuem usos distintos para as argilas, algumas sendo mais indicadas para a construção civil, outras para usos estéticos, já outras para agricultura. Há, ainda, uma diversidade de argilas utilizadas para fins industriais, muitas delas criadas para servirem à indústria de construção civil e até mesmo plástica – suportam peso, calor e vibrações diversas, ganhando, assim, alta resistência ao longo de seu processo de produção.
Por isso é muito importante conhecer a argila que você utilizará, pois dependerá de sua coloração e composição o sucesso de seu uso.
Os benefícios da argila conforme sua cor
Há diversos usos de argila para fins estéticos. Conforme a cor e aplicação, você pode obter os resultados esperados para uma pele mais hidratada, aveludada, livre de parasitas ou com oleosidade equilibrada, além de contribuir com seu bem-estar emocional e até mesmo energético. A argila proporciona uma limpeza profunda, desintoxicante e capaz de enfrentar dores profundas do corpo. Veja a lista a seguir de usos de argila e escolha sua argila:
Argila Preta ou Lama Negra
Sem dúvida esta é a argila mais conhecida no Brasil para uso estético. De cor profundamente escura, pode ser encontrada em manguezais litorâneos, territórios ricos em matéria orgânica e conhecidos como purificadores das águas e terras. Não é para menos que muitos passeios turísticos no Brasil costumam levar os visitantes a estes territórios para tomarem um bom banho de lama negra in loco mediante a promessa de rejuvenescimento imediato, passeio que os turistas adoram postar em suas redes sociais. Contudo, a argila negra mais nobre é aquela de origem vulcânica, e comumente é esta que se encontra à venda em farmácias e casas especializadas. Conhecida também como lama negra, essa espécie possui propriedades de desintoxicação e ação anti-inflamatória em alta concentração, características que justificam sua fama rejuvenescedora.
Argila Verde
Se você possui pele oleosa, em especial em estado seborreico, problemas com glândulas sebáceas e com presença de parasitas como acne ou espinhas, esta certamente é a argila ideal para aplicação facial. Com efeito adstringente e bactericida, em virtude de sua composição (cálcio, óxido de ferro, potássio, magnésio e zinco), sua pele alcançará um aspecto mais limpo e seco após sua aplicação. Nos cabelos seus efeitos são igualmente poderosos: quando feito um banho com ela, alcança-se um enfrentamento eficaz contra oleosidade, caspas e sobretudo seborreia, sem necessitar utilizar produtos químicos. Por desobstruir os poros do couro cabeludo, estimula o crescimento de novos fios. Experimente a aplicação da argila verde uma vez por semana e perceba ao fim do primeiro mês os resultados profundos que ela lhe trará. Não é para menos que esta argila é a mais utilizada, pois em virtude de seus efeitos rápidos tornou-se muito popular entre as pessoas que procuram tratamentos que não estejam envolvidos com produtos químicos ou que utilizem animais para sua geração.
Argila Branca
Outra argila bastante encontrada nos passeios turísticos do Brasil é a tonalidade branca. Essa deve ser utilizada sobretudo em peles ressecadas, com machucados diversos (como cicatrizes e queimaduras) e que sofram de alta tensão facial. É altamente relaxante, afetando inclusive a musculatura do rosto. Por isso costuma ser recomendada para quem sofre de bruxismo, tiques nervosos ou tremores faciais, bem como para quem esteja passando por um período de estresse intenso e que procure encontrar alternativas aos tratamentos medicamentosos. Além disso, é utilizada em banhos no cabelo, pois costuma hidratar e acentuar fios loiros ou claros. De um modo geral, a argila branca irá clarear peles e cabelos onde for aplicada. Por isso é importante considerar seus objetivos: do mesmo modo que ela é inimiga das manchas da pele, ela é dos bronzeados.
Argila Vermelha
A argila comumente encontrada no artesanato e tijolos de construção pode também ser utilizada em tratamento facial e capilar. Por sua composição capaz de enfrentar o estresse, a argila vermelha é capaz de contribuir até mesmo na elasticidade da pele, além de também ser anti-inflamatória — combate, assim, rugas e marcas de expressão. Costuma ser recomendada para ser utilizada após períodos de desidratação, uma vez que devolve à pele sua tez rosada, revigorando a aparência por dentro e por fora. Por seu resultado praticamente imediato, costuma-se recomendar que se inicie os tratamentos de argila por esta cor, para depois ingressar nas demais.
Argila Cinza
Esta é outra argila indicada para enfrentar peles excessivamente oleosas com presença de cravos ou espinhas, ou, ainda, com manchas resultantes de queimaduras ou de espinhas que não cicatrizam adequadamente. Por suas potencialidades anti-inflamatórias, alivia até mesmo dores de machucados ou espinhas. Em tratamentos holísticos, recomenda-se a aplicação para pessoas que estejam sofrendo de dores amorosas.
Argila Marrom
Esta argila rara possui propriedades recomendadas para enfrentar a má circulação. Por isto muitas vezes é utilizada em banhos corporais em pessoas que sofrem de artrites, artroses, varizes ou outros problemas que necessitem ativar a circulação. Um modo delicioso de se utilizar esta argila é em escalda pés, ou seja, misturá-la a água morna em uma bacia e por os pés de molho, como que afofando uma areia de praia, sendo esta uma prática profundamente relaxante tanto para o corpo quanto para a mente.
Argila Amarela
Muito utilizada por pessoas que vivem em cidades litorâneas ou na linha do equador, em especial por suas potencialidades no enfrentamento de manchas solares faciais. Também auxilia o cabelo no enfrentamento do ressecamento causado pelo sol. Durante a temporada praiana, o ideal é aplicá-la no mínimo uma vez por semana, de modo que ela sirva para prevenir as manchas nascidas da exposição excessiva e sem proteção ao sol. Ou, ainda, é bem interessante utilizá-la logo após aquela exposição solar onde não foi possível se valer de um bloqueador solar.
Argila Rosa
A arte de misturar argilas resulta em cores nem sempre encontradas na natureza. Este é o caso da argila rosa, nascida da mistura entre argila vermelha e branca. Acaba, assim, se tornando um mix de propriedades relaxantes e curativas que valem não apenas para o rosto, mas também para o corpo. Uma preciosidade que indica o quanto os mix de argilas podem somar as potencialidades que estão distribuídas pelas cores.
Argila Roxa
Considerada uma das cores com maiores nutrientes, uma máscara feita de argila roxa enfrenta rugas, sinais de expressão, desidratação e pigmentação na pele em virtude de sua grande quantidade de magnésio. Além disso, é uma das argilas mais potentes no combate à oleosidade na pele. Do mesmo modo, um banho de argila roxa no cabelo enfrenta não apenas a oleosidade excessiva, mas também a caspa. Pequenas doses a serem esfregadas nas manchas que surgem nas mãos de modo esfoliante também costumam ser bem eficientes.
Argila Bege
A argila bege é uma das mais neutras e pode ser usada em todos os tipos de pele. Ela é rica em silício e possui propriedades tonificantes, anti-inflamatórias e cicatrizantes. É recomendada para ajudar a minimizar a aparência de manchas, rugas e linhas finas de expressão na pele. Quando usada no cabelo, a argila bege ajuda a controlar o excesso de oleosidade e a hidratar os fios, deixando-os mais macios e brilhantes.
Sugestões de preparo e aplicação da argila
Ainda que seja um produto natural, o uso da argila em pó por meio de máscaras faciais, banhos, esfoliantes, escalda-pés ou lavagens de cabelo implicam em saber usar de modo adequado tais produtos. Por exemplo, o combate à oleosidade, fim para o qual o uso da argila é na maior parte do tempo recomendada, pode acabar ressecando demais a pele caso seja utilizada em excesso. Por essa e por outras, é importante seguir algumas recomendações simples.
1 – Use recipiente de cerâmica, madeira, plástico ou vidro, não use objetos de metal. Use água termal, mineral, fervida (fria) ou ainda soro fisiológico, chá de camomila frio, misture até obter uma pasta uniforme. Com as mãos, ou pincel, aplique no rosto limpo e seco. Deixe agir por 15 a 20 minutos. Depois enxágue e retire. Finalize com uso de hidratante ou filtro solar.
b) Utilize água mineral pura, sem conter qualquer impureza, e misture em uma batida rápida (com uma colher mesmo) até alcançar a consistência cremosa ou pastosa. Importante: não deixe secar ou com aparência barrosa;
c) Utilize um borrifador, impedindo que a argila seque em sua pele, se sua intenção for hidratação, ou deixe secar, para dar o efeito de pele mais firme;
d) Proteja os olhos, nariz e boca: evidentemente, o uso da argila na pele pode ser prejudicial a partes específicas do corpo, que devem, portanto, ser protegidas. Tenho muito cuidado em aplicar a argila com a consistência adequada, de modo que não escorra nos olhos, nariz e boca, pois os pequenos grãos podem causar danos a estas partes;
e) Não utilize as máscaras faciais diariamente: procure seguir ao menos um dia de distância entre uma aplicação ou outra de máscaras faciais, pois a pele pode ficar excessivamente ressacada quando utilizada em excesso, no caso das argilas que combatem a oleosidade, ou excessivamente oleosa no caso da lama negra;
f) Modo de preparo básico de máscaras de argila faciais: para preparar sua máscara facial, misture a argila em pó em água natural, chás ou óleos florais. Vá aplicando os líquidos gradualmente, até alcançar uma sensação cremosa, aplique na pele por no máximo 20 minutos e depois enxágue suavemente e de modo abundante até que não reste mais vestígios do produto;
g) Modo de preparo de máscara de argila para cabelos: aplique a argila umedecida por até 20 minutos, enxaguando posteriormente todo o produto. Se seu interesse for utilizar as argilas que combatem a caspa e oleosidade, aplique no couro cabeludo; se for apenas para hidratar fios ou para clarear mechas, aplique apenas nos fios;
h) Modo de preparo de escalda-pés com argila: esta é uma das possibilidades que se pode aplicar a argila e que remontam a tempos gregos e egípcios. Prepare em uma bacia com água morna uma quantidade agradável de argila, de modo que seus pés fiquem a amaciar, como se estivessem na beira de uma praia de água termal. Some algum óleo perfumado relaxante, de preferência com fragrâncias marítimas, como algas.
i) Uso adstringente: perceba que a maior parte das argilas combatem a oleosidade da pele e dos cabelos. Isto quer dizer que elas ajudam a secar a pele, uma ajuda importante para quem vive em áreas quentes e que produzem muito suor. Mas atenção: se sua pele e cabelos são ressecados, é muito importante que utilize apenas as argilas oleosas, como a lama negra.
j) Uso esfoliante: uma das possibilidades de aplicar a argila em pó é o modo esfoliante. Ou seja, após obter seu efeito cremoso mediante a aplicação de água, aplique no rosto, corpo, mãos e pés de modo circular, de modo a esfoliar a pele. Este tipo de aplicação é ideal para combater pequenos cravos, retirar a pele e células mortas e até mesmo remover manchas solares ou do envelhecimento. Este movimento ajuda na troca metabólica. Quando há interesse em remover manchas, procure utilizar as argilas amarelas ou brancas. Mas atenção: não faça essa esfoliação mais de uma vez por semana, pois pode provocar desgaste da pele.
Aditive sua máscara de argila
O uso da argila em pó por meio de máscaras faciais, banhos, esfoliantes, escalda-pés ou lavagens de cabelo pode ir muito além de sua mistura simplesmente com água. Em verdade, há diversos aditivos que podem ser utilizados para tornar o uso da argila ainda mais diferenciada e potente. Os resultados, assim, são redimensionados, oferecendo resultados positivos para a qualidade da pele e para o bem-estar de quem utiliza a argila. Veja nossas dicas aditivas a seguir:
a) Aditive com banho quente antes: um bom banho quente antes da aplicação de sua máscara é uma importante estratégia na medida em que incentiva a abertura dos poros da pele, facilitando, assim, o ingresso dos ingredientes da argila em seu corpo. Se não for possível um banho antes, aqueça uma água e com essa molhe uma toalha, repousando-a no rosto por alguns minutos antes de aplicar a máscara;
b) Aditive com óleos florais: é uma grande sacada incluir efeitos aromáticos em sua máscara de argila, banho, lavagem ou escalda-pés de argila. Ou seja, não pense duas vezes e inclua óleos hidratantes e relaxantes, transformando o tratamento de argila em algo que se potencializa quando somado à aromaterapia;
c) Aditive com óleo de alecrim: adicione três gotas de óleo essência de alecrim, que é bactericida e combate inflamações e oleosidade, adicionando algumas gotas;
d) Aditive com óleo de coco: para hidratar peles e cabelos secos, adicione de duas a cinco gotas de óleo de coco, tanto nas aplicações que vão para o rosto, quanto nas que vão para o cabelo;
e) Aditive com diversos óleos: para os demais cabelos e peles, tanto mistas quanto secas ou oleosas, aplique de duas a três gotas de óleos que contribuirão para ajustar a cremosidade do preparo. Há diversos óleos que você pode escolher para esta função, cada qual com suas propriedades. Aqui algumas dicas: copaíba (excelente na ação anti-inflamatória), lavanda (relaxante e anti-rugas) ou olíbano (antioxidante);
f) Aditive com mel: aplique uma colher de sopa de mel no seu preparo. O mel não só trará consigo suas qualidades terapêuticas e hidratantes, como também ajudará a formar a densidade cremosa necessária para sua argila ser esparramada tanto no rosto quanto no cabelo. Além disso, vai deixar aquele perfume suave do mel, sempre relaxante e agradável;
g) Additive com relaxamento: é muito importante para alcançar os melhores resultados utilizar a argila em um momento pessoal, interessado no autocuidado e focado em uma melhoria estética e pessoal. Por isso, é muito importante aplicar a máscara e garantir que este seja um momento de reconexão consigo mesmo. Então nada de passar a máscara correndo, ir para frente do computador e seguir trabalhando ou enfrentando um cotidiano estressante, ou seja, seguir mantendo-se desconectada de seu bem-estar. Procure fazer justamente o contrário, compreender este momento como um momento somente seu, de reconexão, de autocuidado e, deste modo, focar em um relaxamento e concentração em tudo que há de positivo e interessante para lhe embelezar ainda mais sua própria vida.
h) Aditive com estratégias holísticas: meditação e técnicas de relaxamento podem ser importantes aliadas na aplicação da máscara de argila. Exercícios de respiração consciente (quando você inspira e expira profundamente, mantendo-se focado neste movimento), podem contribuir na ação antiestresse da argila. Neste mesmo sentido, cromoterapia e aromaterapia, em especial a partir da adição de luzes e óleos essenciais, produzem efeitos extremamente relaxantes que contribuem para a penetração da argila em sua pele na medida em que ela relaxa. Além disso, faz você lembrar o quanto é importante relaxar para se sentir bem.
i) Aditive com massagem: a aplicação de máscaras de argila pode se realizar tanto no formato de autoaplicação quanto com colaboração de um profissional. Neste sentido, é bastante interessante ter em mente que existem diversas massagens que podem ser realizadas associadas ou acompanhadas pelo uso de argilas. Em conjunto, argila e massagem proporcionam uma ação detox insuperável, podendo ser realizadas por profissionais ou por você mesmo;
j) Aditive com música: procure criar um clima agradável no ambiente onde você está aplicando a máscara de argila, escolhendo especialmente músicas relaxantes e adequadas para momentos intimistas;
k) Escureça a sala: a aplicação de argila facial não pode ser realizada mediante a luz solar, pois essa resseca a argila rápido demais. É preciso ter um ambiente minimamente afastado do sol. Contudo, o ideal é escurecer a sala, como se a estivesse preparando para dormir, contribuindo, assim, para seu relaxamento.
Por fim, não se esqueça: a aplicação da argila é uma reconexão de você com o que há de mais essencial na terra — tenha, portanto, o cuidado de realizar um ritual de embelezamento compreendido como autocuidado e regeneração.
