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Italiana, nascida em 1347, costumava fazer penitência e silêncios pela salvação das almas. Recebeu as chagas de Cristo e ajudou os pobres e enfermos de seu país, falecendo em 1380. Morreu aos 33 anos de idade, em Roma.

 Caterina Benincasa nasceu em 25 de março de 1347 na cidade de Siena devastada pela peste negra, sua mãe tinha aproximadamente quarenta anos quando prematuramente deu à luz as gêmeas Catarina (Caterina) e Joana (Giovanna) depois de já ter tido outros 22 filhos, mas metade deles já mortos na época. Joana foi entregue aos cuidados de uma ama-de-leite e morreu logo ao passo que Catarina, amamentada pela mãe, cresceu bastante saudável.

Uma criança muito feliz, Catarina recebeu da família o apelido carinhoso de “Eufrosina”, que deriva da palavra grega para “alegria” e era também o nome de uma das santas cristãs mais antigas, Santa Eufrosina.

Catarina teve a primeira de suas visões de Jesus Cristo quando tinha apenas cinco ou seis anos de idade. Ela estava voltando pra casa com o irmão de uma visita à casa de uma de suas irmãs casadas e viu Cristo entronado em majestade com os apóstolos Pedro, Paulo e João.

Atormentada pelo luto pela morte de sua irmã mais velha, Boaventura, a jovem Catarina, com apenas dezesseis anos, foi pressionada pelos pais a se casar com o viúvo dela. Absolutamente contrária à ideia, iniciou um duríssimo jejum, prática que havia aprendido com a irmã recém-falecida. Catarina conseguiu resistir ao costume do casamento e da maternidade por um lado e, por outro, a tornar-se uma freira, escolhendo viver uma vida ativa e piedosa fora do claustro dos conventos, mas seguindo o modelo dos dominicanos.

Uma visão de São Domingos deu-lhe ainda mais forças, mas seu desejo de juntar-se à sua ordem incomodava mãe, que levou a filha consigo até as termas em Bagno Vignoni numa tentativa de melhorar sua saúde. Ao contrário do esperado, Catarina ficou muito doente, acometida de uma violenta coceira, febre e dores no corpo, o que, convenientemente, serviu como pretexto para que sua mãe aceitasse tentar conseguir a sua admissão no “Mantellato”, a associação local dos terceiros dominicanos.

Sua mãe foi então às irmãs da ordem e as convenceu a aceitarem sua filha, o que deu algum trabalho, pois a ordem até então só aceitava viúvas. Em questão de dias, Catarina se recuperou completamente, saindo da cama para receber o hábito preto e branco da Ordem Terceira de São Domingos.

 No Mantellato, Catarina aprendeu a ler e, ali, ela passou a viver solitariamente em silêncio total. Anos depois teria lhe pedido que deixasse a vida reclusa e se dedicasse à vida pública no mundo. Assim, Catarina voltou pra casa e passou a ajudar os pobres e doentes, em casa e nos hospitais. Suas atividades piedosas em Siena logo atraíram um grupo de seguidores, homens e mulheres, que se juntaram a ela em sua missão. Catarina tinha por hábito distribuir roupas e comida aos pobres sem pedir permissão à família, o que tinha um considerável custo; porém, em contrapartida, nada pedia para si própria.

 Conforme as tensões políticas e sociais se aprofundavam em Siena, Catarina se viu tentada a intervir na arena política. Ela viajou pela primeira vez para Florença em 1374, provavelmente para ser entrevistada pelas autoridades dominicanas no capítulo geral que se realizou em maio de 1374, embora o tema seja ainda debatido: se ela foi de fato entrevistada, a ausência de evidências sugere que ela foi considerada suficientemente ortodoxa. Aparentemente, foi também nesta época que Raimundo de Cápua tornou-se seu confessor e diretor espiritual. Depois desta viagem, Catarina passou a viajar com seus seguidores pelas regiões norte e central da Itália defendendo a reforma do clero e aconselhando o povo que o arrependimento e a renovação poderiam ser alcançados através “do amor total a Deus”.

 Por muitos anos, Catarina se acostumou a períodos de rigorosa abstinência. A comunhão diária era, muitas vezes, sua única “refeição”. Esta forma extrema de jejum já parecia pouco saudável aos olhos do clero, de suas irmãs e de seu confessor, que tentavam fazê-la comer adequadamente. Mas Catarina alegava que era incapaz e descrevia sua incapacidade como uma doença. A partir do início de 1380, Catarina já não conseguia nem comer e nem beber água. Em 26 de fevereiro, não podia mais andar. Catarina morreu em Roma em 29 de abril de 1380 aos trinta e três anos de idade, depois de ter sofrido um derrame oito dias antes.

 

Oração de Santa Catarina de Sena

 Minha beata Santa Catarina de Sena, que sois bendita como o Sol, formosa como a Lua e linda como as Estrelas. Entraste na casa de padre Santuário com 50.000 homens, ouvistes todos e vós abrandastes, assim peço-vos senhora, que abrandeis o coração … (nome da pessoa amada para mim. (nome da pessoa) quando tu me vires esmerarás por mim chorarás e suspirarás, assim como a Virgem Maria santíssima chorou por seu bendito filho. (nome da pessoa), se estiveres dormindo não dormirás, se estiveres conversando, não conversarás, não sossegarás enquanto comigo não vieres falar, contar o que souber e dar-me o que tiveres, e me amarás, entre todas as mulheres do mundo, e para ti parecerei uma rosa fresca e bela. Rezar um Pai Nosso, uma Salve Rainha e um Credo durante sete dias.”

 

Data da celebração: 29 de abril.