São José era casado com Maria, mãe de Jesus que, por sua vez, era considerado seu filho perante a Lei. José é venerado como São José na Igreja Católica, Igreja Ortodoxa, Igreja Ortodoxa Oriental, Anglicana e Luterana. Nas tradições católicas e protestantes, José é considerado o santo padroeiro dos trabalhadores e está associado a vários dias festivos.
O papa Pio IX declarou que ele era tanto o patrono quanto o protetor da Igreja Católica, além de ser o patrono dos doentes e de uma morte feliz, devido à crença de que ele morreu na presença de Jesus e Maria. Na tradição popular, José é considerado modelo para os pais e também se tornou patrono de várias dioceses e lugares.
As epístolas de Paulo são geralmente consideradas os mais antigos escritos cristãs existentes. Estes mencionam a mãe de Jesus (sem nomeá-la), mas não se referem ao pai. O Livro de Marcos, que se acredita ser o primeiro evangelho a ser escrito e com data de cerca de duas décadas depois de Paulo, também não menciona o pai de Jesus. São José aparece pela primeira vez nos evangelhos de Mateus e Lucas, ambos datados de cerca de 80-90 d.C. A questão da conciliação das duas contas tem sido objeto de debate.
Em Mateus, José obedece à direção de um anjo para se casar com Maria. Após o nascimento de Jesus em Belém, José é avisado por um anjo em um sonho para levar a família ao Egito e escapar do massacre dos filhos de Belém, planejado por Herodes, o governante da província romana da Judéia. Uma vez que Herodes morreu, um anjo diz a José para retornar, mas para evitar o filho de Herodes, ele leva sua esposa e o filho para Nazaré, na Galileia, e lá se instala.
Assim, em Mateus, o menino Jesus, como Moisés, está em perigo de um rei cruel, e assim como Moisés ele tem um (primeiro) pai chamado José que desce ao Egito. Como o José do Velho Testamento, esse José tem um pai chamado Jacó, e ambos os Josés recebem sonhos importantes predizendo seu futuro.
Profissão
A descrição de Joseph como um “tekton” tem sido tradicionalmente traduzida para o português como “carpinteiro”, mas é uma palavra geral (da mesma raiz que nos dá “técnica” e “tecnologia”) que poderia abranger fabricantes de vários objetos materiais. O termo grego evoca um artesão com madeira em geral, ou um artesão em ferro ou pedra. Mas a associação específica com a marcenaria é uma constante na tradição cristã primitiva; Justino Mártir escreveu que Jesus fez jugos e arados, e há referências anteriores semelhantes.
Dia dos Pais
No Dia dos Pais, lembramos e homenageamos pais, avós, tios e todos os homens, vivos e falecidos, que incansavelmente e abnegadamente se entregaram para suas famílias com amor incondicional. É um bom momento para relembrar também o modelo exemplar e santo padroeiro dos pais, São José, pai adotivo de Jesus, marido de Nossa Senhora e patrono da Igreja.
São José experimentou as mesmas dificuldades na vida que todos nós, mas ele viveu uma vida exemplar e estabeleceu um ideal que vale a pena de ser imitado por todos os pais que vieram depois dele. São José era um homem de compaixão. Ele era um homem com fé inabalável em Deus. Ele era um homem que amava e protegia sua família. Como São Mateus descreve em seu Evangelho, José era um “homem justo” (Mateus 1:19).
Para São José, fazer a vontade de Deus era primordial; Deus sempre veio primeiro. Cada vez que Deus lhe dizia para fazer alguma coisa, a resposta de José era imediata e ele realizava a tarefa como Deus queria – depois que a mensagem do anjo lhe chegou em sonho, ele tomou Maria como esposa e imediatamente levou sua pequena família para o Egito no meio da noite para escapar da ira de Herodes. Depois, os levou para casa, em Nazaré. José guardou o sábado e foi ao templo em Jerusalém para a Páscoa. Ele fielmente e ternamente, com seu amor, protegeu e forneceu proteção para o Menino Jesus e a Virgem Maria. São José certamente estabeleceu o padrão máximo para os pais modernos, mas, pelo seu próprio exemplo, São José demonstrou solidamente que é bem possível seguir seu exemplo para ser um homem justo ouvindo, confiando e obedecendo à palavra de Deus.
A Festa de São José, em 19 de março, é uma espécie de “Dia dos Pais católicos”, uma oportunidade para os homens católicos – e as mulheres que os amam – refletir sobre o que significa ser pai segundo o coração do próprio Pai.
São José é um poderoso lembrete do que a paternidade realmente significa e da importância do papel do pai. Foi ele quem ensinou Jesus a ser homem; quem desafiou a convenção para proteger Maria; que confiou em Deus e, por sua vez, foi infinitamente fiel. Há algo estranhamente atraente nesse homem discreto, sobre o qual sabemos tão pouco e, no entanto, paradoxalmente, muito. O que os evangelhos não nos dizem explicitamente, aprendemos com o próprio Jesus, pois ele não pode ter sido diferente do que seu pai o ajudou a se tornar: trabalhador e terno de coração. Aquele ato final da vida de Jesus, sua morte na cruz, é atingido pelo amor e confiança que ele havia aprendido com José. Podemos dizer com segurança que São José não apenas ensinou seu filho a viver, mas também a morrer.
Hoje celebramos São José como modelo de pureza e benevolência, protetor da Igreja, dos moribundos, dos imigrantes, dos trabalhadores, dos peregrinos e dos viajantes, mas, sobretudo, como pai. Podemos orar e pedir proteção para quem acha a paternidade difícil ou se afastou dela; aqueles que foram rejeitados ou extirpados da vida de seus filhos; aqueles cuja paternidade é expressa através do amor e cuidado por outros não relacionados a eles por laços de sangue. Vamos orar também por aqueles cuja experiência de paternidade foi negativa. Pois o fato é que a paternidade, em vez de ser sem importância ou inconsequente, como muitos gostariam que fosse, tem um significado imenso na vida de cada um de nós, não importa quão jovens ou velhos possamos ser.
Oração de São José:
Senhor, pela intercessão de São José, pai adotivo do teu filho Jesus,
venho hoje te pedir que estendas Tuas Mãos Divinas sobre todos os pais,
abençoando-os.
Abençoa, Senhor, o pai amigo e companheiro,
o pai sempre presente, que oferece o colo e estende a mão,
mas também o pai ausente, colocando em seu coração todo o Teu Amor.
Abençoa, Senhor, o pai que hoje recebe o abraço de seus filhos,
e o pai que chora a ausência do filho que partiu para Teus braços.
Dá a este o consolo da mansa saudade e enxuga,
com Teu Divino Manto, as lágrimas que vertem de seus olhos.
Estende, Senhor, Tuas mãos de Amor sobre todos os pais,
concedendo-lhes os dons da paciência,
compreensão, tranquilidade, ternura, justiça,
fé em Deus e esperança quanto à vida e aos seus filhos.
Concede-lhes Amor, muito Amor,
para que cada filho seja, para seu pai, um pai.
E para que cada pai seja, para seu filho, um filho.
E aos filhos cujos pais estão junto a Ti,
dá a fé e o entendimento de que os pais nunca vão embora.
Eles apenas mudam de lugar.
São José, rogai por nós.
